Trocando idéias com um liberal sobre a reforma da previdência


Questionei o amigo em comum (no Facebook), Jonas Lutzer, mas obtive uma resposta um tanto quanto de difícil compreensão. Tenho debatido com algumas pessoas que se dizem “liberais” e as respostas que venho obtendo são geralmente nesta mesma linha, um pouco escorregadias, digamos.

A matéria que foi trazida pelo amigo Sodré diz que empresas privadas devem R$ 450 bilhões aos cofres públicos.

Questionei ao Jonas o porquê dele achar equivocado este valor. A resposta foi: “Se vc é escravo do governo o número está certo, se vc é livre, esse número está errado.

Mas como eu desconheço um país onde tudo seja privatizado, penso que fazer parte da rede pública ou utilizar os serviços públicos não seja nenhum tipo de escravidão. Afinal de contas estamos utilizando um serviço que é comum de todos.

O termo/argumento utilizado por ele, “se vc é livre, esse número está errado” dá a entender que estas empresas não devem nada. É uma frase muito comum dos liberais ou liberalistas. Eu costumo dizer que eles são liberais com o dinheiro dos outros, mas muito seguros com o próprio dinheiro. E o que venho falando é tanto verdade que logo em seguida temos esta outra fala “Eu só “contribuo” pq sou obrigado”. As empresas tambem são obrigadas, mas elas usam de subterfúgios para fugirem das cobranças e nunca pagarem o que devem. E acreditamos que o mesmo faria Jonas, pois isso ele já deixou evidente na sua própria fala “se eu tivesse a opção jamais contribuiria para esse sistema”.

Ok, vamos então para alguns problemas que surgem com este pensamento dos “liberais”, que pelo visto amam o controle do capital financeiro mas detestam o controle do Estado, ou seja, detestam o controle daqueles que o povo escolheu para gerir e adminstrar o bem público. Mas antes é preciso deixar registrado aqui que nada tenho contra o Jonas, mas muito pelo contrário, o conheci, assim como conheci o nosso amigo em comum, Sodre, através da luta que ajudei a travar em favor da fosfoetanolamina. Continuemos.

Vamos supor que consigamos separar de forma independente o sistema público do sistema privado. E sabendo, é claro, de antemão, que o sistema privado não gosta de pagar pelos serviços públicos que utiliza, seja do município ou do estado. Sabemos que uma empresa privada, qualquer que seja ela, geralmente, para abrir vai necessitar logo de início para a sua construção de dois serviços públicos básicos: água e luz. Mas como estamos separando os serviços e temos uma população mais consciente e mais esclarecida (vamos assumir isso, ok?), para se construir esta empresa privada teriam que durante algum tempo coletar água da chuva, armazenando-a em tanques e instalar painéis solares para fazer o armazenamento de energia fotovotaíca, para só então começar a ser construída. Estamos assumindo que esta empresa privada, não vai querer e nem vai precisar utilizar de nenhum serviço da rede pública. Estamos combinados?

Digamos que ela consiga resolver este problema inicial, mas muito crucial, e que consiga concluir suas instalações. O que seria impossível, devido a milhares de outros fatores que poderia citar aqui, mas que vou deixar de lado por enquanto para não me alongar muito. Então, concluída as instalações desta empresa privada, totalmente livre, totalmente independente do Estado (opressor), ela vai precisar de um outro recurso, que é a mão de obra. Ela vai precisar de funcionários para serem explorados com muitas cargas horárias de trabalho e recebendo um péssimo salário, para gerar altos lucros para a cúpula das empresas privadas.

Mas como se daria o transporte de algum funcionário, desde a casa deste até à empresa e vice-versa? O funcionário não poderia sair da sua casa, utilizando uma via pública e nem muito menos utilizando um transporte público para se deslocar até o seu trabalho, que fica nesta empresa privada. Lembrem-se que estamos aqui separando os dois serviços, certo? E que a empresa privada está livre do Estado malvadão, ok? Então a empresa teria que construir casas e estradas privadas, particulares, para que este empregado pudesse ir trabalhar sem precisar utilizar dos serviços públicos; e que como sabemos as empresas privadas são péssimas pagadoras destes serviços.

Alguns podem estar se perguntando, se uma empresa for ter que construir casas e estradas para seus funcionários ter que trabalhar, praticamente iria ficar inviável para elas, pois aumentariam e muito os custos de qualquer produção, diminuindo assim a margem de lucro da empresa.

Mas é justamente aí que mora a grande jogada das empresas, as verdadeiras sonegadoras de impostos. E o próprio Jonas vai nos ajudando a desenvolver este nosso raciocínio. Vejamos o que ele disse por último em seu comentário: “Minha poupança me dará mais que minha aposentadoria, e eu poupo menos que pago para a previdência.”

Claro que sim, Jonas. Mas quem está ou quais empresas estão por detrás deste esquema de sonegação de impostos e do não cumprimento do pagamento das dívidas? Uma delas é o capital financeiro, são os bancos um dos grandes beneficiários do calote público. É por isso, e só por isso, que bancos privados conseguem pagar um pouco mais que a própria previdência pública. Ou seja, os bancos querem essa ajudinha dos governos, por isso que esta tal “deforma” está sendo jogada contra a população mais pobre, enquanto ela libera o capital para as grandes corporações deitarem e rolarem com os bens públicos, engordando assim, cada vez mais, seus patrimônios privados.

Por enquanto, com todos os liberais de última hora que tenho tido a oportunidade de trocar algumas palavras têm se demonstrado que são liberais com o dinheiro dos outros mas muito conservadores com o próprio dinheiro.

Liberalismo é só mais uma ferramenta do Capitalismo. E precisamos discutir este e outros temas com toda a sociedade, urgentemente.

A deforma do Trump e a celebração dos anarcos-liberais-capitalistas

Trump aprovou uma deforma nas terras do Tio Sam. Basicamente é isso: uma redução de impostos de 3% para os mais pobres, a classe trabalhadora, e concedeu uma grande dádiva para os exploradores desta classe trabalhora, uma redução de quase 15%. Agora vou fazer um resumo bem básico.

Se uma pessoa lá ganha 30.000 por ano, ela antes pagava 4500 de impostos (15%) e vai passar a pagar 3600 (12%), uma economia de 900 dólares por ano. Uma empresa que fatura 300.000 por ano, antes pagava 105.000 de impostos (35%) e agora vai passar a pagar 63.000 (21%), uma redução de 42.000 a cada ano. Aqui já fica claro quem está lucrando mais, certo?

Só que com estas reduções, vai haver menos investimentos no país. A pessoa que economizará 900 dólares no ano, provavelmente vai usar esse dinheiro para ajudar a pagar a fatura do cartão de crédito, o impréstimo da casa ou o financiamento dos estudos.

Mas quem recebeu a dádiva de embolsar 42.000 a mais no bolso, no fim de cada ano, não vai preocupar muito se estão investindo em saúde, ele, que já tinha um bom plano privado de saúde, agora se quiser pode migrar para um outro melhor ainda. E vai poder a cada ano ir trocando de carro, por um carro melhor é claro.

Eu ouvi dos anarcos-liberais-capitalistas (inclusive do Brasil) de que agora vai sobrar dinheiro para o patrão aumentar o salário dos empregados. Como assim ALCs? Pois a deforma do Trump já demonstra claramente que o que ele fez foi aumentar os salários dos patrões?

Mas o pulo do gato do Trump, está em aprovar algo que beneficiará ele e suas empresas. Nada bobo, hein? E a população americana? Aqueles que tiverem ainda algum emprego, ao invês de pagar os juros, penso que seria melhor ir comprando barracas, pois provavelmente irá precisar, já que o fosso entre pobres e ricos vai aumentar ainda mais com esta deforma deles.

Golpe 2.0

O #Golpe2.0 já é uma realidade concreta. Desde o #Golpe1.0 que foi a derrubada da Dilma, houve uma sucessão de outros golpes: Golpe1.1, Golpe1.2, Golpe1.2.1, Golpe1.3 e assim por diante. Sem estes outros golpes, o Golpe2.0 não seria concretizado.

Quem chuta uma bíblia e rasga as suas páginas, pode muito bem botar fogo nela, fazer dela bandeirolas de enfeite ou usar suas páginas para limpar o “fedegoso” (não estou me refirindo à árvore). O mesmo podemos dizer daqueles que vilipendiaram a nossa Constituição.

Com a Constituição rasgada, a nossa jovem democracia foi dilacerada. Um outro golpe que foi dado, e que vai servir de base para se aplicar o Golpe2.0, foi a questão da prisão em 2ª instância, outro completo desrespeito à nossa Constituição (ou o que sobrou dela). É o mesmo que ver um corpo caído ao chão, acrivelado de balas, agora receber uma apunhalada. http://archive.is/1ObVj

O Golpe2.0 é a condenação de Lula. E já podemos observar as movimentações do capital financeiro (estrangeiro e nacional) fazendo as suas apostas, ou melhor dizendo, fazendo os seus “investimentos”. Para acompanhar onde o capital financeiro está apostando as suas fichas, basta acompanhar a principal vitrine de exposição deles em solo nacional: a Rede Globo. E depois nas vitrines secundárias: Estadão, Folha, etc.

Os financistas de plantão agora precisam encontrar um candidato para o mercado: Como Luciano Huck, por exemplo (http://archive.is/iXXys ). E, concomitantemente, precisam começar a eliminar o outro candidato, segundo colocado nas pesquisas, e que não está alinhado totalmente aos interesses do capital financeiro: Jair Bolsonaro (Patrimônio: http://archive.is/UymPu, Auxílio-Moradia: http://archive.is/J7az8).

Tudo aponta que prender Lula, de forma rápida, após a já declarada condenação em 2ª instância, não será uma boa estratégia. Deve-se, antes, cozinhá-lo em banho-maria. Esperar os advogados de defesa entrar com todos os recursos possíveis para, só então, a turma do TRF4 ou o próprio juiz Moro (o mais propício) decretar a prisão de Lula faltando poucos dias para as eleições. Tudo isso para dificultar ao máximo a campanha de quem for substituir o ex-presidente.

Devemos começar a nos preparar, fazendo muito barulho, para que a turma do TRF4 escute o clamor popular e repense nas suas decisões já tomadas. Os que não puderem ir para Porto Alegre, devem ocupar as ruas de cada cidade, para darem o seu grito de guerra.

A luta continua!

CPI da Fosfo sem o Dr. Renato não é CPI

CPI da Fosfo sem o Dr. Renato não é CPI e sim um acordo de interesses. Uma CPI que ignora a opinião do médico que mais trato teve com a fosfoetanolamina, é uma CPI que já começa fracassando.

Adira à campanha: “CPI da Fosfo tem que ter a participação do Dr. Renato Meneguelo”, enviando e-mail para: cpi.fosfo@al.sp.gov.br

Se você acredita em milagres então pode ser que você aceite ou tolere mais certas injustiças

 Milagre, se existisse, seria uma espécie de injustiça divina. Milagre, qualquer que seja ele, seria a violação de alguma lei. É um artifício concebido para criar pedintes e com isso levar alguma vantagem aos seus criadores ou aos seus propagadores.

Se uma pessoa perde uma perna num acidente de carro e no outro dia volta ao trabalho caminhando normalmente, tendo a perna sido refeita de forma milagrosa, como se fosse um rabo de lagartixa, digamos, então todas as outras pessoas que teve algum membro amputado se sentiriam injustiçados, por não ter recebido o mesmo privilégio divino. Portanto, milagre é um privilégio concedido a poucos! E onde há privilégio há deturpação da lei.

A lei só será para todos no dia em que não houver mais privilégios

Não quero aqui contestar a fé de ninguém. Mas todos hão de concordar comigo que os que aceitam ou toleram a falácia do milagre professam algum tipo de fé religiosa, não é certo? Agora vejam que curioso. O povo brasileiro, em sua maioria é um povo de fé, um povo que se diz ser seguidor dos evangelhos, portanto, o povo brasileiro, em uma maioria, é um povo evangélico (católico, protestante, espírita kardecista, etc).

Um povo evangélico elege uma bancada evangélica que os represente

Temos que dar aqui razão ao pensador católico e francês, Joseph Maistre, que foi um grande defensor dos privilégios, quando disse a célebre frase: “Toute nation a le gouvernement qu’elle mérite -Toda nação tem o governo que merece”.

Pensar diferente é uma heresia. Contestar os milagres é um pecado que merece ser castigado

Se você busca alguma justiça social e é um defensor dos direitos, saiba que você está contrariando o milagre e toda uma estrutura que vem sendo imposta durante milênios em nossa sociedade. No passado foram as bruxas, os hereges. Hoje são os comunistas, destacadamente, os petistas, que merecem ser queimados ou irem para o paredão de fogo.

Temos que voltar a torcer aquilo que a Globo distorce

Precisamos aprender a observar a natureza, sem isso estaremos fadados ao fracasso e até mesmo à nossa própria extinção. Nesta reportagem e noutras tantas sobre secas podemos observar sempre o mesmo “ritual” que nos é apresentado: pastagens secas, gado morrendo, monocultivos sem produção, falta de chuva, peixes agonizando, etc e etc.

É preciso “reinverter” aquilo que a #Globo mostra. Ou seja, temos que voltar a “torcer” aquilo que a #Globo “distorce”. E não é só a Globo, falo da mídia capitalista no geral.

A primeira e a mais importante pergunta que devemos sempre fazer: Onde estão as florestas?

Derrubamos as florestas para plantarmos monoculturas de eucaliptos, soja, capim, café, trigo, feijão, etc? Se a resposta é sim, então com certeza teremos cada vez menos chuvas. E não é só isso: cada vez teremos menos água nos lençóis freáticos. Teremos mais compactação e acidificação dos solos. Teremos mais rios assoreados, até se transformarem em rios de areia e pedras.

Sem florestas não há chuvas e sem chuvas não há rio que sobreviva. E sem rio a vida se torna praticamente impossível.

Observação importante: monocultivo de eucaliptos não é floresta. A tal “floresta de eucaliptos” é na verdade uma espécie de “grama alta” que tudo mata no seu interior. Assim como não podemos dizer que plantamos uma “floresta de capim”, o mesmo deve para valer para o eucalipto.

Com quais parâmetros devemos medir a arte e a imaginação das pessoas?

Resolvi escrever este artigo depois que um amigo, que está de passeio pela Europa, relatou um episódio que ocorreu com ele num museu de Londres (British Museum). Aqui vai parte do relato:

Uma vez estava visitando British Museum em Londres, na ala das obras de Da Vinci e Caravagio, quando me deparei com uma turma de crianças entre 8 a 10 anos juntas com seus professores. As crianças estavam sentadas no chão e a professora explicando o contexto das obras e sobre seus autores. Achei aquela cena tão incrível e interessante que resolvi bater uma foto.

Logo em seguida, uma das coordenadoras me viu tirando a foto e chamou o segurança do museu. Fui obrigado a deletar a foto e ainda disseram que se tirasse foto das crianças de novo, seria expulso do local.

E depois conclui:

Sim meus amigos, enquanto arte na Inglaterra é ensinada através de Caravagio e Da Vinci, no país tupiniquim apelamos pra um homem nu deitado no chão.

#paz #arte #greece

Não quero aqui discutir o que é e o que não é arte, pois não tenho competência para isso. Mas me preocupa, e muito, essa onda de protofascismo que vem se espalhando assustadoramente, alimentados por seres inescrupulosos e bem financiados como são as turmas do MBL, Mamãe falei e os cristãos sem Cristo, que ocupam cadeiras no nosso quadro político.

Portanto não quero que meus amigos sejam propagadores de ideias absurdas, difundidas por tais grupos fundamentalistas. E como residente na terra da rainha (sim, a terra é da rainha) por alguns anos, talvez eu possa esclarecer alguns pontos que foram levantados pelo meu amigo. Então vamos aos fatos (e ao debate, caso alguém queira discutir sobre este assunto comigo).

Sim, é fato, os ingleses fazem um esforço danado para tentar proteger suas crianças, principalmente depois dos escândalos de abusos de crianças que ocorreram durante anos seguidos nas escolas, nos orfanatos e nas igrejas daqui. Então é bom mesmo que eles tentem acabar com esta má reputação de abusadores de crianças. Estas tristes notícias são vazadas quase que diariamente, mas encobertas pela grande mídia.

Sim, é fato também que as crianças na Inglaterra visitam museus e as que moram em Londres têm o privilégio de poder contar com uma grande quantidade de museus. Também é fato que elas aprendem arte desde cedo. E não só através de Caravaggio e Da Vinci. Mas com imagens como estas aqui:

Mas para não perdermos o foco, vamos nos concentrar então nos mestres da arte citados. E que tal estas obras de Caravaggio? Os conservadores protofascistas vão dizer que se trata de pedofilia?

E nestas imagens aqui. será que os conservadores protofascistas vão dizer “homem que é homem não fica desta maneira” ou quem sabe irão dizer “pra mim isso é coisa de frutinha”, imitando um personagem da Globo?

As crianças de Londres estão acostumadas a ver imagens como esta abaixo. Mas e os filhotinhos protofascistinhas dos pais protofascistas do Brasil, que orgulhosamente se autointitulam “liberals with the money of others, but not with the art” (liberais com o dinheiro dos outros, mas não com a arte), deixariam seus filhotes verem esta arte de Caravaggio?

E esta arte? O que dirão?

Ah nesta eu imagino o que eles dirão: “bandido bom, é bandido morto”.

Vamos pular para Da Vinci agora?

O que os protofascistas vão pensar desta imagem?

Calma, protofascistas, é apenas a imagem do braço de Jesus quando criança.

Arte e imaginação são coisas muito difíceis de se mensurar.

Como barrar Temer e a maçonaria para eles não rifarem parte do Amazonas e as empresas do povo brasileiro

A primeira coisa que podemos fazer é assinar uma petição sobre esta ilegalidade. Mas antes veja o vídeo de alerta do Senador Roberto Requião.

Agora acesse aqui para assinar a petição da AVAAZ.

Deputados e Senadores

Se você tem o contato de algum deputado ou senador, mande pare eles este vídeo para que eles fiquem também alertados sobre o perigo que vai representar tais possíveis compras.

Maçonaria

Se você tem algum parente, amigo ou conhecido maçom, mande este vídeo-alerta também para eles. Afinal de contas a maçonaria é parte atuante do golpe. Depois que o seu candidato maçom perdeu as eleições em 2014, esta entidade teve um papel fundamental no apoio, financiamento e na manutenção do golpe, onde retirou à força uma presidenta eleita pelo voto popular, para colocar no seu lugar um vice que não tem planos para a nação. Aliás, o plano destes golpistas é o total aniquilamento do Estado brasileiro.

Pirâmide financeira, escassez de alimentos e como os meus amigos limparam a bunda na Venezuela

No final deste artigo tem um vídeo que pode ajudar alguns leitores a entender, ou digerir mais facilmente aquilo que quero aqui expressar.

Os mais despertos, que podem ser chamados também de mais entendidos, sabem que os EUA são os grandes financiadores/fabricadores de crises em muitos países, não só na Venezuela, Síria, Iraque, mas inclusive no Brasil.

O cartel da mídia mundial, emana dos EUA/Inglaterra. A Globo é só mais uma replicadora de mentiras com o intuito de favorecer o grande poderio econômico da grande oligarquia financeira, que controla os bancos e as mídias. Estes que estão situados no topo da pirâmide.

Os próprios bancos são um esquema financeiro, é a grande pirâmide dos negócios. O dinheiro dos de baixo é sempre sugado para os de cima. Concentrando o dinheiro cada vez mais nas mãos de uns poucos, justamente nos que estão um pouco mais acima e assim sucessivamente, até ir parar nas mãos dos que estão no topo e alí se concentrar. Pirâmide financeira é isso.

E esses sugadores do suor, lágrimas e sangue alheio, esses negociadores do trabalho escravo moderno, que hoje tem um nome adocicado de trabalhador assalariado, fazem de tudo para atingirem seus objetivos, desde invasões, guerras, bloqueios comerciais e até reterem mercadorias para provocar uma escassez.

Foi assim com Cuba. É assim com a Venezuela. As vezes modificando uma tática ou outra. Os controladores sempre podem contar com seus políticos de direita. Estes estão infiltrados no sistema político para fazerem o trabalho sujo. Os políticos de direita são uma espécie de cavalo de Troia da computação.

Muitos acreditam que faltam produtos básicos na Venezuela porque o país não tem condições de adquiri-los. Mal sabem eles que isso é fruto de bloqueios ou embargos. Quem sofre mais com isso é sempre a população mais carente. Os que são financiados pelo cartel dos Estados Unidos/Inglaterra, a estes não faltam nada. Têm tudo de bom e do melhor, como mostra a reportagem.

Lembro certa vez de uma pergunta que fiz para dois amigos que sempre estão comprando as mentiras da Globo. E lembrando, quem compra as mentiras da Globo, acaba pagando um preço muito alto ou no mínimo passando muita vergonha. Estes amigos estiveram visitando a Venezuela e por isso, num debate comigo, julgavam ter mais propriedade de discutir sobre o assunto da “falta de papel higiênico na Venezuela”.

É claro que antes de explicar-lhes que a falta de certos produtos nas gôndolas dos supermercados venezuelanos, amplamente divulgados pela Globo e que eles puderam “verificar” isso in loco (como acreditavam eles), com seus próprios olhos, era uma estratégia da política da direita venezuelana, juntamente com os empresários mais capitalistas daquele país, fiz a seguinte pergunta aos meus amigos:

Durante os dias em que vocês estiveram na Venezuela, como vocês fizeram para limpar a bunda, já que a falta de papel higiênico era generalizada naquele país.

Sei que fiz uma pergunta embaraçosa, mas a minha intenção era essa mesma, a de causar certo desconforto, pois eu sabia que deste desconforto poderia sair ou uma ira brutal por parte destes amigos ou quem sabe acender neles a chama da arte de raciocinar por conta própria.

Tive como resposta aquilo que já sabia: de que não faltou papel higiênico no hotel onde eles ficaram hospedados. E esta resposta dada por eles pavimentou um caminho sólido com o qual fui construindo meus arguementos e desmentindo as mentiras da Globo e desconstruindo uma das estratégias da direita fascista venezuelana, que é a estocagem de alimentos e bens de primeira necessidade para causar distúrbios num governo democrático, que foi eleito de acordo com a vontade popular.

A crise hídrica em Montes Claros

Por Cibele Nunes Alencar, servidora do TRE.

Quem mora em Montes Claros já se acostumou ou tenta se acostumar com o racionamento de água. Entende que a crise vem da estiagem, mas não dimensiona quanto dela se deve ao descaso no trato com os recursos hídricos. Enquanto a população aguenta o infortúnio, uma proposta insólita da Copasa é apresentada e uma denúncia chocante vira notícia na imprensa.

Em audiência pública realizada no dia 05 de julho, a Copasa tentou convencer a população de que a solução para a escassez de água em Montes Claros e região é a retirada de mais água de outro rio! Para tanto, projeta uma obra que custará no mínimo R$135 milhões para captar água do convalescente Rio Pacuí. Estranhamente, a estatal mineira não suscitou como melhor solução a revisão de outorgas junto ao IGAM – Instituto Mineiro de Gestão de Água, e uma política de racionamento também para grandes consumidores, como indústrias e grandes irrigantes.

No dia 15 de julho de 2017, o Gazeta Norte Mineira noticiou a manchete: “MP quer suspender outorga para reflorestadora”. A reflorestadora em questão é a Plantar.

Segundo a reportagem, a empresa tem uma outorga de captação de água do Rio Saracura 15 (quinze!) vezes maior que a outorga que a Copasa tem para abastecer a cidade de Montes Claros.

Nota-se que o problema não é bem São Pedro…

Sugiro que os norte-mineiros se comprometam com a realidade e questionem à empresa Reflorestadora Plantar, ao IGAM, à Superintendência Regional de Meio Ambiente, à Copasa e ao Ministério Público se é possível economizar ainda mais água e revitalizar rios, antes de se começar a pensar em fazer uma obra dispendiosa, temerária, paliativa no primeiro momento, mas bastante comprometedora do recurso hídrico para as gerações futuras.

A fé pública e a crise hídrica de Montes Claros

A água brota pura e formaria um rio caudaloso não fosse uma barragem bem pertinho da nascente. Alguém poderia achar isso muito errado, já que rio foi feito para correr… Mas o costume de tirar flor bonita do pé, mesmo que para morrer feia num vaso, era tão normal… como o de prender passarinho alegre em depressiva gaiola… que barragem na nascente não assustava tanto.

Como nossos hábitos, coisa errada também caberia fácil num documento chamado Outorga de direito de uso ou interferência de recursos hídricos. Acreditamos pela lei e pela burocracia que uma folha de papel tem o poder de mover não só montanhas, mas tudo que existe. Paradoxalmente, por essa capacidade muitos proclamam o Direito como ciência… No mundo das ideias, juristas, juízes, advogados, e chefes bem mandados escrevem como se estivessem esculpindo pedras brutas em formato de diamantes ou transformando pirita em ouro, para provar que realmente o Direito ciência deva ser. Nesse mundo fictício, são formados muitos alquimistas esquizofrênicos… Já no mundo de seres viventes, entre cascalhos, espontaneamente sem um só escrevente vai se provando que Direito significa fé. E sem trabalho todos dessa turma elencados são sacerdotes bem sucedidos… Porque, naturalmente, se acredita que burocracia e leis tendem ao bem coletivo. E naturalmente vamos acreditando… já que nascemos na sociedade em que nossos pais assinaram esse contrato, e antes deles outros tantos, naturalmente nos tornamos também partes cumpridoras de uma lista de deveres e quando merecedores, fruidores de direitos de outra lista. Uns entenderam tão bem o princípio em que a fé anima esse contrato… que se aproveitaram da confiança contratada e conseguiram habilmente curvar a reta. Eram os bem maquiados falsos profetas, ilusionistas especializados em ilusões óticas jurisdicionais, não mais no mundo das ideias, mas no real. São como macacos vigias espertinhos emitindo o aviso de predadores para que outros macacos apenas abandonem suas comidas. Seguem com êxito cativando os homens de fé os falsos profetas desvirtuadores da boa intenção. E tagarelas com vários sinais de alertas se puseram a encher folhas de papéis com o que seria tão bonito quanto uma flor no vaso, um pássaro na gaiola ou um rio represado. O primeiro sinal de alerta foi dado quando pela justificativa de desenvolvimento, empresas podiam aqui se instalar com muitas garantias e nenhuma preocupação com o meio ambiente.

Hoje TV, rádio e internet são a mata que ecoa o sinal de alerta para economizar água. A empresa responsável por encher nossas caixas d’água pediu parcimônia e estabeleceu rodízios de abastecimento. Muitos banhos a conta gotas quando muito. Quando pouco não tomados… Até idas ao banheiro postergadas por falta de água na descarga do vaso sanitário. Por sermos cristãos, não xingamos nem Deus, nem os santos. Por sermos pecadores, achamos ser nós mesmos os culpados. E por sermos pacatos, aceitamos o rodízio.

Os rios há muito tempo eram nossos. Acostumamos a fazer deles o nosso esgoto. Felizes estávamos por domar o ambiente como o Senhor nos havia recomendado e presenteado. Era natural que a natureza nos servisse, interpretamos o Gênese a nosso bel prazer, como os falsos profetas defendem e fazem leis. Era muito natural um papel transformar um rio em esgoto. Era muito natural obedecer a rodízios. Todos têm direito ao meio ambiente. E, como corolário, o direito de domá-lo. Deveria ser natural uma represa na nascente. E o mundo de eucalipto em volta. Todos devem estar cumprindo o combinado.

Depois do trabalho, cansada, esperando e torcendo para o relógio soar meia-noite e chegar a água para eu poder tomar banho, sentei-me à mesa e li a manchete. Parece que o Ministério Público quer suspender um papel que transformou o rio que me banhava em copasa para eucalipto. A água para humanos era a sobra da água dada a eucaliptos. Apenas a sobra… Mas, como poderia ser dada essa outorga? Se não consenti isso no contrato de que fui parte? Lembrei-me que havia visto no Google Maps a nascente, a represa e a floresta de carvão para a indústria. A lembrança se fez espelho e me refletiu como um aborígene do século XV que viu sem enxergar as caravelas chegando ao novo mundo… O novo e o absurdo lhe eram invisíveis… Achou normal a vista. Como a parte que me daria a fruição de direitos agora tira de mim a própria água? Como haveria tão monstruosa madeira sobre as águas se nunca havia visto nada além de água e nuvens no horizonte? Eu era aquele cego aborígene. Tinha olhos e não via… Foi então que ouvi o sinal de aviso de predadores e me pus a correr como a todos. Eu era um primata enganado por outro primata. Li a matéria jornalística à noite, mas durante o dia não houve leitores? Poderíamos juntos ter saído às ruas e cobrado explicações. Em uma grande manifestação de descontentamento como a que Moisés liderou!… Bateríamos mais de uma vez na grande pedra e reclamaríamos água, como o verdadeiro profeta fez no deserto! Precisamos saber se, com o respaldo da própria burocracia! se mata a sede de apenas uma pessoa não humana! com a água que deveria ser dada à gente de carne e osso. Mas, as ruas estavam quietas. Não havia nenhum manifestante informando aos incautos do estranho caso da outorga da Plantar. Todos estavam retos em seus trabalhos esperando e rezando que à noite se pudesse tomar banho…

Fora dito à população que água era só para consumo humano. Que nem se podia molhar o jardim. Acreditou-se que o trato era tanto para pessoa humana, quanto para pessoa jurídica. Mas, um papel dava à pessoa que existe apenas em outro papel! e que não tem sede como nós! o maior direito à água! Legalmente ao papel foi dada nossa água. Todos acreditam na necessidade de economizar. Pois não se chove! Até de carne dever-se-ia fazer jejum, já que boi consome muita água. Comer um bife é uma espécie de banditismo, estar à margem do combinado na sociedade. E o combinado é economizar água. Mas o macaco vigia deu um falso alarme. Em quem confiar? E se o predador for real e não acreditarmos? Olho o mar límpido, água e nuvens, mas quantas caravelas exploradoras estou deixando de enxergar? Sou um primata enganado. Sou também um aborígene cego de olhos sãos. Se ao menos a pessoa jurídica fosse uma reflorestadora que cuidasse da mata ciliar desde a nascente, que cuidasse do rio como um filho cuida dos negócios do pai. Mas na bíblia dessa pessoa não existe a palavra cuidar, a bíblia dela era como a nossa que traduziu assim o Genesis 1-26: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Domine… Não cuide. Tais como nós pessoas humanas, são as pessoas não humanas inventadas por nós. Nem seria preciso um falso profeta para dar como certa uma outorga hídrica de construção de barragem e captação de água à beira de uma nascente, simplesmente para irrigar uma floresta de carvão. Com uma captação de água quinze vezes maior que a concedida para duzentas e sessenta mil pessoas humanas! a pessoa não humana reproduz nossa ignorância em dominar a natureza. Duzentos e sessenta mil fiéis de joelhos adorando e servindo a um monte de madeira. Idólatras no deserto…Duzentos e sessenta mil crédulos e confiantes na outorga de direito de uso ou interferência de recursos hídricos. Tantos fiéis ao Direito… Quantos deles fiéis ao bem comum? Coragem diria o bom Deus! O novo e o absurdo existem, apesar de nossas retinas fatigadas. Abramos os olhos da alma.

Fontes:

https://goo.gl/maps/yCAwwzhDhBn

http://www.gazetanortemineira.com.br/noticias/cidade/mp-quer-suspender-outorga-para-reflorestadora

http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/copasa-planeja-buscar-agua-no-rio-pacui-para-abastecer-montes-claros.ghtml