Quem luta para salvar vidas não pode ser a favor da morte

Antes de começar a entrar no assunto deste artigo, quero deixar bem claro que nada tenho contra a pessoa do Dr. Renato Meneguelo, somos amigos no Facebook, convite de amizade inclusive feito por ele depois que leu e divulgou um artigo que escrevi sobre a fosfoetanolamina. Meus artigos sobre a fosfo podem ser lidos aqui.

Pois bem, este artigo aqui se trata de um vídeo recente que o Dr. Renato gravou com o seu “filhinho”. Onde começa o vídeo se apresentando como um dos pesquisadores da fosfoetanolamina. Depois da curta apresentação ele começa dizendo assim “eu andei vendo no Facebook ou em outras coisas, várias notícias fakes sobre um conhecido meu, o candidato Jair Bolsonaro”.

 

Logo em seguida o Dr. Renato solta esta outra frase:

A Globo não deixou ele passar e mostrar a cartilha que está! na escola” (Ênfase do Dr. Renato e grifo nosso)

Não Dr. Renato, esta cartilha não está nas escolas. O Bolsonaro mentiu e o senhor não precisa disso, replicar as mentiras dele. Não acreditamos que o senhor queira se passar por mentiroso também e para isso basta então provar que a cartilha está nas escolas, como o senhor enfaticamente afirmou.

Um amigo meu, no Facebook, já havia manifestado sobre estes fakes news difundidos por Bolsonaro sobre o tal “Kit Gay”

Depois o Dr. Renato faz uma espécie de entrevista com o seu enteado Miguel, discursando sobre as cores, que ele acredita ser, de meninas e as cores de meninos. Mas acredito que o Dr. Renato não deve saber que algumas décadas atrás, existia uma convenção de que as cores rosas eram para meninos e azuis para as meninas. Conforme uma matéria divulgada no jornal El País.

Se o pobre garoto, que está sendo exposto no vídeo, já manifesta que azul é para homens (menos os ponéis azuis, que são de meninas, como manifestou o Miguel) e que rosa é para meninas, isto se deve ao fato de que estas convenções já foram implantadas na mente dele, que tem apenas 4 anos. Afinal de contas a criança é o reflexo dos pais e de seus educadores.

Não são cores que irão determinar se a criança no futuro vai ser homossexual, heterossexual, bissexual, assexual ou transsexual. A criança traz a sua sexualidade consigo, muitas começam a manifestar que são do sexo oposto em idades como dois anos. Como foi o caso de Jazz Jennings, no qual deixo o documentário, A Vida de Jazz, abaixo.

Penso que foi uma manifestação muito triste a do Dr. Renato, em querer defender o homofóbico e neofascista Jair Bolsonaro, ainda mais sendo ele um médico que luta pela vida. Se ele observar bem o candidato que defende, deve perceber sem muito esforço que o seu candidato só defende a morte, incitando seus seguidores a “fuzilar petralhas”.

Fontes:

http://archive.is/l1NSN

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/31/politica/1535670243_981377.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM

https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/18/ciencia/1416328918_518343.html